segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Jornalismo em pauta - a regulamentação e debates

Num momento em que novas tecnologias digitais surgem em grande escala e ocupam cada vez mais espaço no (ou sobre) jornalismo, a profissão vem sendo desvalorizada e colocada em questão. Este foi o tema central do 7º Congresso da Associação Nacional de Jornais (ANJ) e 33º Congresso Nacional de Jornalistas, promovido pela Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj), ambos em São Paulo.

No ano em que a imprensa brasileira comemora 200 anos, os eventos que reuniram, respectivamente, 800 e 300 pessoas, defenderam não somente o diploma como o papel e a responsabilidade social do jornalista.

Assim como o futuro do jornal impresso, o futuro da profissão também tem deixado alguns jornalistas inquietos. Trata-se primeiro de uma mudança na grade curricular dos cursos de jornalismo e em seguida de uma regulamentação profissional. O desafio é tentar antecipar-se para descobrir em que medida os dois vão caminhar juntos e portanto, se haverá prejuizo para os alunos e jovens profissionais. Essa regulamentação poderá ser entendida como « forma de dar garantias mínimas para a dignidade no trabalho dos jornalistas e para a liberdade de imprensa e o direito à infomação », diz Guto Camargo, presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SP), em entrevisa à revista Imprensa.

Ao tomar-se como exemplo a mais nova tendência do jornalismo, o chamado ‘jornalismo colaborativo’, no qual o público tem participação na produção da notícia e atua como um verdadeiro repórter, alguns defenderão que não passa de uma espécie de tentativa de desvalorizar a profissão.

Em entrevista concedida no dia 23 de outubro, na Universidade Anhembi Morumbi, o coordenador do curso, Nivaldo Ferraz diz acreditar que o jornalismo colaborativo não é regra de mercado mas que devido o grande avanço de mídias digitais, faz parte da atuação de jornalista adaptar-se. « É uma onda, que morre daqui a pouco », afirma.

Em termos de mídias digitais ainda pode-se citar como exemplo, os blogs. De acordo com a Revista Imprensa, em 2004 foram detectados cerca de 4 milhões de blogs e hoje, este número cresceu em 2720%. No entanto, num espaço que não tem limites, a internet, e onde qualquer pessoa pode criar e escrever o que quiser, como distinguir entretenimento, informação, jornalismo ? O leigo que estiver fazendo uma pesquisa, não necessariamente tem seu ‘instinto jornalístico’ apurado e provavelmente não irá checar as informações que leu no blog. Assim, apenas pessoas formadas em jornalismo podem produzir conteúdo noticioso ? É claro que o jornalista terá mais credibilidade, mesmo ao escrever para um blog. Temos como exemplo, o jornalista Ricardo Noblat que desde 2005 trabalha na sua página (oglobo.globo.com/pais/noblat). Mas o debate está instalado : o blogueiro é o novo jornalista ?

Segundo Nivaldo Ferraz, para ser jornalista, há uma formação de base e conhecimentos teóricos que somente a universidade poderá oferecer. O candidato deve vir para a faculdade de jornalismo preparado « o curso não ensina a escrever bem, isso é nato. Tem de haver vontade, esforço e talento inicial. Depois a faculdade vai oferecer as ferramentas teóricas ». Ele afirma ainda que a diferença essencial, no meio dessa disputa entre quem tem e quem não tem diploma de jornalismo, é a capacitação em nível superior. Nesse sentido, tratando-se de novas mídias digitais, haveria uma adaptação por parte das universidades que procuram adequar seus cursos à demanda no mercado. « Sempre há espaço para o aluno que não tem interesse em trabalhar com tecnologia, mas não se pode ignorar o grande avanço e influência exercida sobre o jornalismo. Assim, a capacitação teórica e a tendência de mercado andam de mãos dadas nas universidades mais atualizadas », diz Nivaldo.

Já o jornalista e escritor Henrique Veltman, entrevistado online em 22 de outubro, defende que uma formação de nível superior é desejável, mas a formação no curso de jornalismo seria dispensável. « Nossas escolas de jornalismo (comunicação) são ruins. Acho preferível o candidato cursar Direito ou Ciências Sociais, por exemplo ». Ele explica que alguns dos mais importantes jornais e revistas já não exigem o diploma de jornalismo e cita como exemplo o jornal Folha de São Paulo.

Jornais como o Estado de São Paulo ou Folha, já promovem por conta própria cursos específicos que funcionam como uma espécie de Trainee. Nivaldo acredita que nestes casos o interesse do veículo é focado, « o objetivo é enxergar quem vai bem para ser candidato potencial a ficar na redação no término do curso, mas não se trata de um curso de formação ».

Há ainda quem defenda uma regulamentação acadêmica, no sentido de permitir que graduados em outras áreas cursem apenas dois períodos do curso de jornalismo para poder trabalhar em redações, na função de jornalista. Para o coordenador Nivaldo ferraz, isso já é possível, através da validação de créditos cursados em outras disciplinas, no entanto, qualquer outra regulamentação neste âmbito, seria especulação oriunda dos interesses das empresas jornalísticas.

Com relação ao avassalador avanço de tecnologias, notadamente do jornalismo colaborativo, Henrique Veltman diz que de fato, são os novos caminhos que a profissão deverá seguir daqui para a frente. « A rua de duas mãos é um dos caminhos do novo jornalismo, com intensa participação do público », sustenta. No entanto confessa não conhecer nehuma iniciativa específica por parte das universidades. O jornalista diz ser necessário dominar as ferramentas da tecnologia de informática e adverte que não haverá muita chance no mercado a quem não acompanhar essa corrente. « Minha sugestão aos futuros jornalistas é cursar informática onde for possível. Algumas (poucas) empresas jornalísticas já estão oferecendo, por conta própria, cursos de introdução à informática ».

Lisa ELKAIM

sábado, 11 de outubro de 2008

Brasil participa do Fórum Mundial de Energia do Futuro 2009

Evento promove a discussão sobre tecnologia baseada em energia renovável
(Interaction Times - World future Energy Summit).

Press release

Nos dias 19, 20 e 21 de Janeiro de 2009, Abu Dhabi sediará o Fórum Mundial de Energia do Futuro. O evento, que teve sua primeira edição em fevereiro deste ano, tem por objetivo reunir os melhores fornecedores, investidores e experts em tecnologias baseadas em energia renovável e sustentável para discutir o futuro da matriz energética mundial.

"Essa conferência reúne a elite global de talento e expertise, oriunda de diversos setores como ciências, indústrias e claro, governos - de mais de 40 países", afirmou o Príncipe Charles durante o Fórum de 2008.

A Masdar (que significa "fonte", em árabe) é uma iniciativa do governo de Abu Dhabi em resposta ao futuro da questão energética global.

"Pelo menosU$15 bilhões serão investidos nos próximos 5 anos em projetos ligados à educação, pesquisa, indústria, redução de emissões e vida urbana ustentável", explicou o altíssimo príncipe da Coroa, Mohammed Bin Al Nayhan.

Pensando nisso, a Interaction Times é a primeira companhia brasileira a levar uma delegação ao Fórum, a fim de aproximar os Emirados Árabes Unidos (EAU) do Brasil.
O Brasil já comprovou em outro foros internacionais sua intenção em aprimorar e investir fortemente no mercado de energias renováveis e diversificar as fontes de geração energética.
Assim, o Fórum Mundial de Energia do Futuro de 2009, será um marco inicial e um evento de grande relevância para a agenda internacional brasileira.

"O Brasil não pode ficar longe de um Fórum desta magnitude e precisa assumir a ponta de discusão sobre energia do futuro devido o seu grande potencial no setor e abrangência de sua matriz energética. O Fórum de 2009 é um oportunidade única para atração de investimentos e para absorver e transmitir aprendizado em novas tecnologias". (Marcus Peçanha, diretor executivo da Interaction Times).


Os interessados em mais informações podem acessar:
www.forumdeenergiadofuturo.com.br ; www.interactiontimes.com

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Compte rendu

La langue française, grande absente du débat présidentiel, par Olivier et Patrick Poivre d´Arvor. (Le figaro,30 septembre 2006).

Souvent, les candidats à la présidence font des discours et des promesses pour tout ce qui est l´éducation, la sécurité, le travail, l´économie, etc. Il aurait fallu cette fois ce rappeler d´un débat que la population ne revendique peut être pas, mais qui reste important pour ne pas perdre sa place sur la scène internationale.
Dans un article intitulé "la langue française, grande absente de débat présidentiel", Olivier et Patrick Poivre d´Arvor soulignent l´urgence de faire revivre la francophonie, en France tout d´abord, puis dans le monde.
Selon eux, les français auraient perdu le gôut et la fierté de leur culture. Ce qui poserait un double problème: celui de faire renaître ce sentiment de fierté et d´amour pour sa propre culture puis, celui de l´exporter vers le monde.
Prenons l´exemple des ambassades françaises. Il y a quelques années, celles-ce abritaient de grandes figures de la cultutre française. Cela n´est plus le cas aujourd´hui. Ou encore, dans le cas des universités françaises, qui se voient ecrasées par les MBA américains.
Une agence culturelle, un campus Frace, une chaine internationale télévisée d´informations... tout cela représente, bien entendu, des efforts - qui se font de plus en plus nécéssaires - à l´international, mais ne suffiront pas pour fair prospérer la culture française.
Il faut que le débat soit insérer dans la vie politique et concerne à tous pour atteindre un résultat. Il faut pénser d´avantage à diffuser la culture de son pays à l´international, par exemple, atravers l´année de la France au Brésil. Ce sentiment de désamour ne peut pas s´installer!
(Lisa ELKAIM).