A comparação feita ofendeu muitos jornalistas, devido ao tom de ironia.
O jornalista é necessário na vida das pessoas e tem uma missão a cumprir com a sociedade. Não se resume apenas a um contator de histórias pois exerce verdadeira influência sobre a opinião pública. E é justamente por saber de sua importância que não se pode negar a este profissional seu devido espaço e sobretudo, seu reconhecimento.
No Brasil e em vários países do mundo, realmente, não precisa ser jornalista (ter o diploma de 'comunicação social com habilitação em jornalismo ' em mãos) para escrever num jornal. E isso acontece porque prefere-se que as pessoas tenham propriedade para falar e escrever num jornal. Isso manteria a qualidade e credibilidade do meio.
E é verdade também que hoje em dia, com o avanço da internet e das ferramentas que ela oferece de publicação... muitos podem ser "jornalistas".Perde-se assim um pouco do controle... mas não a credibilidade, a ética, o compromisso, a paixão e acima de tudo o dever de servir á sociedade.
Isso não são técnicas aprendidas e decoradas...Mas são conceitos que os quatro anos de formação nesta profissão tentam passar aos estudantes.Além disso, e de forma mais prática, claro que todas as profissões aprendem-se no dia a dia.
E no jornalismo não haveria porquê ser diferente.Ninguém há de nos convencer que economistas e jornalistas escrevem da mesma forma.
O lado bom disso tudo, é que talvez essa medida leve o jornalista de hoje a se especializar mais, estudar mais... se empenhar mais, para não perder seu posto.
Mas a profissão tem sofrido grande desvalorização no Brasil e a chance desse cenário piorar é cada vez maior. Salários mais baixos, cargos mais disputados (e por outras profissões também)!
Então aqui vai um chamado a quem ainda acredita e tem compromisso com sua profissão (mesmo os estudantes, pois este escolheram esta profissão e sabemos, que não é facil...): Não se deixem abater, pois a população tem direito á informação de qualidade. Então que isto sirva apenas para nos unir e fortalecer. Empresas jornalisticas que acreditam no nosso trabalho e no nosso suor ainda exigirão diploma e nos diferenciaremos assim, pelo que somos e pelo papel que desempenhamos!
JORNALISTAS DO BRASIL, UNI-VOS!
Leia neste Blog: Jornalismo em pauta - a regulamentação e debates (Publicado em ourubro de 2008)
A seguir, um trecho de uma reportagem de Lisa Elkaim, para o porfessor Senise (Universidade Anhembi Morumbi) em outubro de 2008:
Segundo Nivaldo Ferraz, para ser jornalista, há uma formação de base e conhecimentos teóricos que somente a universidade poderá oferecer. O candidato deve vir para a faculdade de jornalismo preparado « o curso não ensina a escrever bem, isso é nato. Tem de haver vontade, esforço e talento inicial. Depois a faculdade vai oferecer as ferramentas teóricas ». Ele afirma ainda que a diferença essencial, no meio dessa disputa entre quem tem e quem não tem diploma de jornalismo, é a capacitação em nível superior. Nesse sentido, tratando-se de novas mídias digitais, haveria uma adaptação por parte das universidades que procuram adequar seus cursos à demanda no mercado. « Sempre há espaço para o aluno que não tem interesse em trabalhar com tecnologia, mas não se pode ignorar o grande avanço e influência exercida sobre o jornalismo. Assim, a capacitação teórica e a tendência de mercado andam de mãos dadas nas universidades mais atualizadas », diz Nivaldo.
Já o jornalista e escritor Henrique Veltman, entrevistado online em 22 de outubro, defende que uma formação de nível superior é desejável, mas a formação no curso de jornalismo seria dispensável. « Nossas escolas de jornalismo (comunicação) são ruins. Acho preferível o candidato cursar Direito ou Ciências Sociais, por exemplo ». Ele explica que alguns dos mais importantes jornais e revistas já não exigem o diploma de jornalismo e cita como exemplo o jornal Folha de São Paulo.
Nota Bene:
A Folha de São Paulo, publicou nesta quinta feira (19 de junho de 2009) - um dia após a decisão do Supremo Tribunal Federal :"A Folha sempre criticou a exigência do diploma. No editorial 'Imprensa no STF' de abril deste ano, sustentou a posição de que a obrigatoriedade do diploma afronta a liberdade de expressão, diminui a oferta de informação de qualidade e se reveste de anacronismo na era da internet "
Por, Lisa ELKAIM